AS MUSAS DO TECHNO MELODY
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Muito
brilho, energia e vozes poderosas. Esta é a química que faz das musas
do tecnomelody paraense um fenômeno de mídia e público. Gaby
Amarantos, Viviane Batidão, Vanda Ravely, Hellen Patrícia e Rebecca
Lindsay são as marcas principais do movimento musical que é sucesso no
Pará e que começa a ganhar o resto do Brasil.
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Viviane Batidão
A dúvida na cabeça de
muitos é se existe ou não alguma diferença entre tecnomelody e
tecnobrega. Viviane Batidão explica: 'Na verdade não muita, o
tecnomelody é apenas a evolução do ritmo'. Com 26 anos, sendo 11 de
carreira, Viviane passou por alguns momentos difíceis e chegou até a
largar a profissão. Mas, a paixão pela música foi mais forte e depois
do sucesso 'Vem meu amor', ela nunca mais abandonou o palco.
Com a sua parceria com o
Dj Betinho Izabelense, Viviane faz muito sucesso com o tecnomelody,
mas o trabalho não se resume apenas em cantar. 'Faço um pouco de tudo,
do figurino até a organização do palco, não gosto de deixar tudo nas
mãos de terceiros, preciso sempre estar participando', diz.
Atenta à performance,
Viviane tem no figurino dos shows uma de suas principais preocupações.
'Estou sempre antenada em tendências de passarela e busco me inspirar
em divas como Beyonce', afirma. Para Viviane algo que sempre deve ser
levado em consideração é que ser sensual não é ser vulgar. 'Se mostra
perna, não mostra barriga. Porque senão perde o bom gosto e o público
reclama', finaliza.
Vanda Ravelly
Todas essas cantoras
têm muitos anos de carreira e passaram uma boa parte de suas vidas
fazendo espetáculos. Elas fizeram a transição de adolescente para
mulher praticamente em cima do palco. 'Quando se entra nesse mundo dos
shows se amadurece muito mais rápido', revela Vanda Ravelly.
Com Vanda, 28 anos,
essa transição foi dolorosa. A Banda Ravelly, da qual faz parte, teve
musicas como 'Rubi’ e 'Meteoro' plagiadas em rede nacional e teve que
lutar muito pelo reconhecimento do seu trabalho. 'Isso fez eu aprender
a me levantar depois de uma enorme queda', conta.
Vanda é ciente da
responsabilidade que tem como um dos símbolos do tecnomelody paraense.
'Não me sinto tanto como uma musa, mas sei que tenho um grande
destaque como cantora e gosto de preserva isso’’, diz.
Gaby Amarantos
A primeira musa do
tecnomelody paraense é sem dúvida Gaby Amarantos. Com 15 anos de
carreira, Gaby é reconhecida nacionalmente e em um recente festival em
Recife foi definida por alguém nos bastidores como um 'misto de Tina
Turner com Tati Quebra-Barraco'. Vista por muitos como a Beyonce
paraense, ela faz questão de ressaltar: 'Essas comparações é uma forma
de carinho do meu público, mas eu sempre lembro que eu sou a Gaby e
tenho que preservar a minha identidade'.
Conhecida como musa do
movimento GLS, Gaby conta que tem um carinho muito grande pelo
movimento e desde o começo da carreira o apoiou. 'Agora virou moda ser
a favor, mas antigamente quando o público GLS ainda era discriminado
eu já me apresentava na parada gay', lembra. A cantora afirma que
sempre participa de campanhas contra homofobia. 'Eles sabem quando um
artista quer apenas se promover ou quando ele realmente se importa',
afirma.
Gaby é vaidosa. Malha,
faz tratamentos estéticos, massagem e agora aderiu a uma prática nova:
o yoga. O nome também sofreu alteração. Antes o Gaby era com 'i', mas
em uma recente visita a uma numeróloga a cantora mudou para o 'y'.
'Ela me disse que o ‘i’ representava uma fase infantil e imatura da
minha vida e o ‘y’ um momento em que eu iria colher os frutos desse
trabalho que eu desenvolvo a tanto tempo', revela.
Hellen Patrícia
Hellen Patrícia, 33
anos, não para de tocar nas rádios com os sucessos 'Beba doida' e
'Serrote'. Com 15 anos de carreira na banda Xeiro Verde, Hellen diz
que é um privilégio poder mostrar o trabalho para o público e fica
lisonjeada com o título de musa. 'Faço de tudo para me apresentar bem',
diz.
Hellen conta que
precisa ter muito cuidado com o rosto, porque nas apresentações usa
muita maquiagem e também acaba dormindo pouco, o que pode causar um ar
de cansaço. Para aguentar o pique dos ensaios e do próprio show, a
musa precisa suar a camisa e malhar muito. 'Faço duas horas de
academia todos os dias, senão não aguento. Cantar e dançar ao mesmo
tempo exige muita preparação física', revela.
Além de cantora, Hellen
afirma que é também produtora, ensaia com os dançarinos e cumpre o
melhor papel de sua vida: o de mãe. 'Sempre que posso levo meu filho
Gabriel à escola, à natação, às aulas de música e as vezes até ao
show. Ele adora me ver no palco, quando não tem aula ele vai', conta.
Rebeca Lindsay
Quem também tem uma
ótima relação com os seus fã clubes é Rebeca da Banda AR15, de apenas
19 anos. 'Temos vários. Um em São Paulo, outro em Macapá, em Tocantins
e claro aqui em Belém também', enumera. Rebeca é considerada a voz
mais bela do Melody paraense. A banda já foi destaque na Folha de São
Paulo e em programas nacionais. A musa também faz o curso de
arquitetura e pretende encontrar um meio de unir essas duas paixões no
futuro. 'Sei que é complicado, mas quero fazer os dois. Por isso
mesmo com a rotina agitada de shows tento levar a minha faculdade da
melhor maneira possível', explica.
Mesmo com pouca idade,
Rebeca tem grandes conquistas em sua vida. Além de todo o sucesso
conquistado com AR15, ela também é mãe. 'Sou primeiramente mãe, a
minha carreira vem depois', ressalta.
FONTE: O LIBERAL - PORTAL ORM