Hoje vim falar um pouco da quase
'extinção' do ritmo 'calypso'. O ritmo, que é a evolução do brega, e
surgiu com Roberto Villar, há pouco mais de 12 anos, ficou conhecido
nacionalmente através da Banda Calypso, desde de 2002.
 Um ritmo tão envolvente, e diferente, que ficou
conhecido nacionalmente e internacionalmente, hoje pouco toca, e
quando toca, já não é mais o mesmo. A própria Banda Calypso, se
afastou muito do ritmo que lhe concedeu o sucesso nacional, inclusive
a maioria das bandas que tocavam o mesmo, hoje ou são de forró, ou
aderiram a moda do 'Technomelody'( que dizem ser uma evolução do
calypso).
Mas o que teria levado ao fim desse ritmo que foi tão
divulgado e falado ? Teria sido apenas coisa do momento, 'moda', teria
sido as inúmeras 'cópias' da Banda Calypso ou a própria Banda Calypso
teria monopolizado o ritmo, não deixando espaços para outros ?
 |
Acho que devo responder algumas
dessas perguntas,primeiramente todo ritmo, todo artista tem seu auge,
concerteza, entretanto artistas bons são consolidados, assim como
ritmos, não é porque já foi moda, e hoje não é mais, que o ritmo deve
ser abolido. Meu segundo questionamento é em relação as cópias, até
concordo em um certo ponto, realmente haviam cópias grotescas,
entretanto haviam tantas bandas boas quanto, que foram
preconceituosamente acusadas de plágio, sem merecer. Todo artista busca
inspiração em outro, coisa mais que normal, a própria Joelma tem as
suas inspirações.
|
Entretanto qualquer pessoa que aparecesse cantando o
ritmo, mesmo que já estivesse na estrada há muito tempo, como a Banda
Xeiro Verde que esse ano completa 16 anos, contra 11 da Calypso, era
considerada plágio. E em relação a monopolização do ritmo, nada posso
dizer, visto que a banda apoiou alguns artistas de sua terra, mas
faltou mais empenho, faltou mais coisa ...
Falando nesse assunto, me lembrei de uma banda
MARAVILHOSA, que fez muito sucesso em Manaus,e em Santarém, pra mim
uma das melhores do ritmo, a Banda 'Furacão do Calypso', da vocalista
paraense Nayra Rêgo, era uma das únicas bandas de calypso ,que se
mantinha fiel ao calypso paraense, entretanto para minha tristeza e de
muitos fãs, acabou há alguns meses(mais precisadamente em maio desse
ano).
A banda teve seu início em agosto de 2003,atigindo seu
ápice com o primeiro dvd gravado em Manaus, e com as aparições etre
2005 e 2006, no programa 'Sabadaço' da Bandeirantes, chegando a fazer
shows em todo o Brasil. Dona de uma voz doce, um timbre refinado, e de
uma interpretação romântica e decidida, Nayra foi duramente criticada
por muitas pessoas, que insistiam em dizer que a loira 'imitava'
Joelma.
Agora me digam, dançar igual Joelma é pecado ?
Até mesmo porque, até onde eu sei, dançar igual Joelma,
é dançar o calypso genuiamente paraense e pronto. Muitas fãs da Banda
Calypso, criticam bandas como a furação, mas se esquecem, que fazendo
isso, o ritmo cada vez mais será esquecido, pois não tem bases onde
se apoiar.
Nayra Rêgo, seguiu firme e forte, sem se importar muito
com as críticas, tanto que no seu novo trabalho (volume 6-Vou dar um
tempo), a banda continuou apostando no calypso paraense, com canções
como : 'Tarde demais', 'Insiginificante', e 'Vou dar um tempo'. A
banda conseguiu demonstrar toda sua competência e amadurecimento nesse
novo trabalho, que está muito belo, em minha opinião, pena que não
investiram no mesmo, pois a banda acabou, para Nayra prosseguir em sua
carreira gospel.
Uma pena ...
Mas eu sinceramente espero, que surjam bandas corajosas
como a Furacão do Calypso, e que um dia o ritmo renasça novamente em
nossos corações, como um dia foi. Termino o post de hoje, com uma
frase : "... Mas nada vai mudar o que ficou ..."
|